Saúde, segurança social e educação são os sectores de maior adesão
A meio do dia conhecem-se já os primeiros números da adesão da greve da Função Pública desta quarta-feira. No entanto, e como ocorreu em situações anteriores, sindicatos e Governo divergem nas estimativas.
De acordo com a agência «Lusa», a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP) apresentou ao final da manhã um balanço que aponta para 75 por cento de adesão. «Neste momento, (a greve) é de 75%, não quer dizer que não se confirme que seja um bocadinho superior», declarou a dirigente sindical Ana Avoila, na conferência de imprensa da FNSFP.
«No sector do saúde a greve ultrapassa os 80 por cento, como é notório» e numa «grande parte dos serviços (a greve) está a 100%. Centenas de escolas estão fechadas», acrescentou a dirigente sindical.
Os sectores da saúde, da segurança social e da educação são os que mais aderiram à greve, de acordo com as informações dadas por Ana Avoila.
Já o Governo tem uma opinião distinta. Segundo o secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho dos Santos, os dados de adesão à greve avançados pelos sindicatos devem ser questionados, dado o Executivo ter apenas apurado 10,89% de adesão dos trabalhadores à paralisação nacional convocada pela CGTP.
Num primeiro balanço do dia, Castilho dos Santos explicou aos jornalistas que a administração pública consegue contabilizar os dados de uma «forma transparente» e que, até à hora do almoço, foram contabilizados 24.861 trabalhadores em greve, o que corresponde a uma percentagem de 11%.
«Os números avançados pelos sindicatos não correspondem de todo com os que foram contabilizados pelo Governo», disse o mesmo responsável, garantindo que, àquela hora, não havia nenhum ministério que se afastasse de forma significativa da média dos 11%.
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