Portugal está na linha da frente do novo paradigma energético

segunda-feira, 27 de outubro de 2008


Formação de preços entre Portugal e Espanha aproxima-se

O presidente executivo da EDP, António Mexia, contraria aqueles que consideram que Portugal está atrasado no que diz respeito ao sector da energia. Aliás, para o mesmo, o País está mesmo na linha da frente.

«Não concordo que se diga que há uma desprotecção ao consumidor. Que não há relações de concorrência? Há sempre. Que há uma ineficiência dos operadores? A EDP, falo por mim, estamos na linha da frente das alternativas de custos de oportunidade. Portugal está na linha da frente deste novo paradigma qualquer que seja o grau de exigência», afirmou o responsável, na comissão parlamentar «energia sustentável, um novo desígnio», esta segunda-feira.

Para António Mexia, o país caminha agora cada vez mais para condições de formação de preços iguais às de Espanha. A culpa da criação do défice tarifário português deve-se sobretudo a um aumento muito significativo do mercado grossista, do qual Portugal depende bastante por recorrer até hoje em grande parte ao carvão.

«As diferenças entre os mercados estão a atenuar-se. Portugal tinha uma menor reserva, a capacidade de interligação também era reduzida e a tecnologia dos dois mercados é diferente», referiu, sublinhando que Espanha tem o nuclear.

No entanto, realça que face aos grupos de ciclo combinado que se espera que entrem em funcionamento em Portugal (no seu caso em 2009), os mercados vão aproximar-se.

As acções da empresa seguem a cair 3,99% para os 2,25 euros.

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