Preços nas gasolineiras demoram um mês a reflectir cotação do petróleo

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mercados estão interligados, mas há desfasamentos

Os preços dos combustíveis nas gasolineiras em Portugal demoram cerca de um mês a reflectir as variações nas cotações do petróleo no mercado IPE londrino, onde é negociado o Brent, petróleo de referência para as importações nacionais.

Quem o diz é o presidente da Autoridade da Concorrência (AdC), Manuel Sebastião. O responsável explicou, perante a Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional, onde foi ouvido, que existem três mercados envolvidos na questão dos combustíveis: o mercado do crude, o mercado grossista de produtos refinados e o mercado retalhista, ou seja, de venda ao público.

«Estes três mercados estão interligados mas, a curto prazo, a ligação que existe entre eles é menos perfeita, eles têm comportamentos diferentes», disse Manuel Sebastião, adiantando que, «do primeiro mercado (do crude, como o IPE londrino), para o segundo (grossista, como o Platt¿s), há um desfasamento de cerca de duas semanas, em termos de reflexos nos preços. E deste para o mercado retalhista, ou seja, de venda ao público (gasolineiras), há outro desfasamento de mais uma ou duas semanas».

Contas feitas, entre o mercado do crude e a venda ao público, há um desfasamento de quatro semanas, o que significa que os preços de venda dos combustíveis demoram um mês a reflectir as cotações do crude.

Um factor que pode explicar as subidas de preços dos combustíveis em semanas em que a cotação do petróleo está em queda.





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