Associação prepara melhoria do actual modelo de acesso dos analistas à profissão, em conjunto com reguladores
A crise que começou há cerca de um ano, atingindo primeiro os EUA e causando um efeito em cadeia, surpreendeu tudo e todos. Azarados foram aqueles que apostavam as suas economias antes da bomba rebentar. E ninguém previa que durasse tanto, nem que os receios de uma recessão voltassem em força nas últimas semanas. Resultado disso foi a fuga de investidores e também o descrédito de quem intervém nesse mercado, nomeadamente dos analistas. Para o presidente da Associação Portuguesa de Analistas Financeiros (APAF), Raul Marques, estes actores devem agora reflectir sobre os seus erros».
Em entrevista à Agência Financeira, o responsável diz que esta crise é claramente a mais grave das ultimas décadas nos mercados financeiros e que originou inevitavelmente uma crise de confiança nos reguladores, instituições e intermediários financeiros, agências de rating, analistas, etc..
«Pelo que todos terão que reflectir, retirar consequências dos erros feitos e adoptar posturas que permitam tornar os mercados mais eficientes e transparentes», continuou.
Nesse sentido, garante que a APAF tem vindo a trabalhar «conjuntamente com as autoridades em geral e com a CMVM em particular ao longo dos últimos anos, fazendo propostas que contribuam para uma qualidade ainda mais elevada dos analistas financeiros que operam no mercado nacional e do trabalho que desenvolvem».
Raul Marques adiantou ainda que estas propostas têm-se centrado na «melhoria do actual modelo de acesso dos analistas financeiros à profissão, afinando nomeadamente o modelo de registo/certificação dos analistas. Para o mesmo, era preciso adequá-lo ao actual contexto «extremamente exigente e complexo», mas «sempre com o acento tónico na sustentabilidade dos mercados e no valor acrescentado pela análise financeira a médio e longo prazo».
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