Portugal e Venezuela avançam para projectos conjuntos na energia

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Deverão ser fornecidos 1 milhão de computadores «Magalhães»

Portugal e Venezuela assinam este sábado acordos de cooperação para o desenvolvimento conjunto de projectos na área da electricidade, numa cerimónia que será presidida pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, e pelo chefe de Estado venezuelano, Hugo Chavez.

De acordo com fonte diplomática, o primeiro memorando, de carácter institucional, diz respeito aos mecanismos de entendimento entre os dois países ao nível da cooperação de bens e equipamentos do sector eléctrico, avança a «Lusa».

Depois, também na área da energia, serão fechados mais seis memorandos de carácter empresarial, envolvendo a Corporação Eléctrica Nacional da Venezuela e as empresas portuguesas EDP, Efacec, Janz, Instituto de Soldadura e Qualidade, Cabelte e Electricidade Industrial Portuguesa.

O presidente da Venezuela chega esta noite a Lisboa, vindo de Paris, para assinar na capital portuguesa alguns acordos que estiveram em preparação ao longo dos últimos meses.

Magalhães

Na cerimónia presidida por Sócrates e Chavez, os acordos mais importantes entre os dois países dizem respeito à venda de um milhão de computadores Magalhães e à construção de 50 mil fogos de habitação social na Venezuela.

No que se refere à venda de computadores e à construção de habitação social, os dois países deverão assinar um acordo quadro (entre os ministros das Infra-estruturas da Venezuela e das Obras Públicas, Mário Lino) e três de natureza empresarial.

Para o fornecimento de computadores Magalhães à Venezuela, a empresa nacional JP Sá Couto assinará um acordo para a venda de um milhão de unidades.

Deste um milhão de computadores, 500 mil serão montados numa segunda fase na Venezuela, quando a empresa nacional estabelecer uma unidade neste país da América Latina.

A JP Sá Couto portuguesa deverá ainda assinar um segundo contrato com o Estado venezuelano para prestação de assistência técnica e manutenção - contrato avaliado em 50 milhões de euros.

Já no que respeita à construção de habitação social, o Grupo Lena edificará na Venezuela 50 mil fogos, dos quais 15 mil estarão concluídos até ao final do ano.

Depois da entrega deste primeiro conjunto de 15 mil fogos, progressivamente o Grupo Lena começará a construir as casas de habitação social na Venezuela, onde instalará uma fábrica.





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